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Dia Mundial de Combate à Poliomielite: a vacina que mudou a história da humanidade
24 de Outubro de 2025
Comemorado em 24 de outubro, o Dia Mundial de Combate à Poliomielite é um dado de conscientização global sobre a importância da vacinação na erradicação de uma das doenças mais temidas do século XX. A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma infecção viral altamente contagiosa que pode causar paralisia irreversível e, em casos graves, levar à morte.
Um dado foi instituído em homenagem ao nascimento de Jonas Salk, médico e pesquisador norte-americano que desenvolveu a primeira vacina eficaz contra a poliomielite, em 1955 — um marco histórico para a saúde pública mundial.
A luta contra um vírus devastador
Até meados da década de 1950, a poliomielite era responsável por milhares de casos de paralisia infantil todos os anos. Como as epidemias deixaram marcas profundas em famílias e comunidades, e a ausência de tratamento eficaz fez com que a doença um dos maiores desafios da medicina moderna.
A transmissão ocorre principalmente por via fecal-oral, através da ingestão de água ou alimentos contaminados pelo poliovírus, que se multiplicam no intestino e podem atingir o sistema nervoso central. Crianças menores de cinco anos são as mais vulneráveis.
O nascimento da vacina e a esperança de um mundo sem pólio
Em 1955, o cientista Jonas Salk apresentou ao mundo a primeira vacina inativada contra a poliomielite (VIP), desenvolvida a partir de vírus mortos. O sucesso foi imediato: em poucos anos, uma taxa de infecção ocorreu em diversos países.
Pouco depois, na década de 1960, Albert Sabin criou a vacina oral (VOP), feita com vírus atenuados, que se popularizou mundialmente por ser de fácil aplicação e baixo custo. Esta versão foi fundamental para campanhas de imunização em massa, especialmente em países em desenvolvimento.
Graças a esses avanços, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou, em 1988, uma Iniciativa Global de Erradicação do Pólio, que eliminou em mais de 99% os casos no mundo. Desde então, bilhões de crianças foram vacinadas, salvando milhões de vidas.
O papel do Brasil na erradicação da poliomielite
O Brasil é um dos maiores exemplos de sucesso em vacinação. O país registrou o último caso de poliomielite em 1989, em Souza (PB), e foi declarado livre da doença em 1994 pela OMS.
Esse resultado é fruto de campanhas nacionais de vacinação, como o famoso “Dia D”, que mobiliza equipes de saúde em todo o território nacional para imunizar crianças menores de cinco anos.
A vacina contra a pólio faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e é aplicada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo essencial para manter o país livre da doença.
Um alerta que continua
Apesar dos avanços, a poliomielite ainda não foi totalmente erradicada no mundo. Os casos isolados continuam sendo registrados em países como Afeganistão e Paquistão, e há baixa adesão à vacinação em algumas regiões preocupantes como autoridades de saúde.
De acordo com a OMS, embora haja poliovírus circulando em qualquer país, todas as crianças do mundo continuam em risco. Por isso, é fundamental manter a vacinação em dia, garantindo a imunidade coletiva.
Compromisso da COOMEB com prevenção
A Cooperativa de Médicos do Brasil (COOMEB) reforça seu compromisso com a saúde pública e a prevenção de doenças por meio da vacinação. Médicos cooperados de diversas especialidades atuam diariamente na orientação de famílias e comunidades sobre a importância da imunização.
Um futuro livre da pólio é possível
O Dia Mundial de Combate à Poliomielite é um lembrete de que a prevenção salva vidas e de que a ciência, aliada à cooperação, é capaz de transformar o destino da humanidade.
Enquanto o vírus ainda existir em algum lugar do mundo, a luta deve continuar — nas salas de vacina, nas escolas, nas famílias e nas ações de conscientização.
Vacinar é proteger o presente e garantir um futuro livre da poliomielite.
