Notícias


Os cinco hábitos saudáveis que podem prolongar a vida em uma década

27 de Novembro de 2018



El País

Todo mundo sabe que não fumar, fazer esporte, cuidar da alimentação, não exagerar no álcool e evitar o sobrepeso são hábitos saudáveis. Mas nem todos levam essas recomendações ao pé da letra. Um grupo de cientistas da Escola de Saúde Pública Harvard T.H. Chan publicou na revista Circulation um estudo que deixa mais claros os benefícios de um estilo de vida. Segundo a pesquisa, respeitar essas cinco normas pode representar um aumento da expectativa de vida de até 14 anos para as mulheres e 12 anos para os homens, em relação a quem não os segue. Os autores chegaram a essa conclusão após observarem ao longo de 34 anos os comportamentos mais ou menos saudáveis de 123.000 norte-americanos.

Apesar de ser o país que mais investe em saúde, os Estados Unidos ocupam apenas a 31ª colocação no ranking mundial da expectativa de vida, segundo os últimos dados da Organização Mundial da Saúde. Para explicar essa realidade, os pesquisadores acreditam que os hábitos de vida de cada cidadão influenciam. “A obesidade nos EUA é muito mais alta que em outros países desenvolvidos. As mulheres norte-americanas começaram a fumar há décadas, antes que em outros países”, cita como exemplos Yanping Li, autor do estudo.

Na fase de compilação de dados sobre as mais de 120.000 pessoas envolvidas, os pesquisadores de Harvard contaram 42.167 mortes. Ao analisar em detalhes os hábitos dessas pessoas, os cientistas constataram importantes diferenças entre quem levava um estilo de vida saudável e quem não. Os cinco fatores principais foram escolhidos de acordo com os estudos das décadas anteriores e graças à própria “experiência de pesquisa” dos autores, que, manejaram “durante muitos anos” informações sobre milhares de profissionais da saúde, afirma Li.

Esther López García, pesquisadora da Universidade Autônoma de Madri, diz que a principal contribuição do estudo é aplicar o cálculo dos benefícios de um estilo de vida saudável aos dados reais sobre falecimentos nos Estados Unidos. “Serve para calcular quantas mortes podem ser atribuídas a não seguir esse estilo de vida, que é modificável e não depende de fármacos e tratamentos médicos”, afirma López. Isso se traduz “em quanto mais as pessoas poderiam viver”, acrescenta a pesquisadora.

Li e o resto da equipe que trabalhou no estudo, liderado por Frank B. Hu, chegaram à conclusão de que, aos 50 anos de idade, uma mulher que mantém um estilo de vida compatível com os cinco fatores saudáveis assinalados pode ter uma expectativa de vida de mais 43 anos. Para um homem da mesma idade seria de 37 anos. Para as pessoas que não respeitam nenhuma dessas recomendações, a expectativa de vida média é de 29 anos no caso das mulheres e 25 para os homens. López destaca que, segundo o estudo, não é necessário ter seguido este estilo estritamente ao longo de toda a vida. Na opinião da pesquisadora, “nunca é tarde” para melhorar aspectos como deixar de fumar ou seguir uma dieta mais saudável, e mesmo que se comece aos 50 anos é possível obter benefícios.

Para ler a matéria na íntegra, clique no link: https://bit.ly/2G93xVZ

 


« Voltar