Notícias


Cigarro eletrônico pode causar arritmia, sugere estudo

26 de Outubro de 2022



R7

Um trabalho conduzido por cientistas da Universidade de Louisville, nos Estados Unidos, e publicado nesta terça-feira (25) na revista Nature Communications, sugere que o uso de cigarros eletrônicos pode desencadear arritmias (batimentos irregulares do coração) e disfunção elétrica cardíaca.

Eles utilizaram modelos animais e constataram que a exposição aos produtos químicos dos dispositivos causaram batimentos cardíacos prematuros e batimentos cardíacos pulados.

"Nossas descobertas demonstram que a exposição de curto prazo aos cigarros eletrônicos pode desestabilizar o ritmo cardíaco por meio de produtos químicos específicos nos líquidos eletrônicos", alerta em um comunicado o coordenador do estudo, o professor Alex Carll, do Departamento de Fisiologia da universidade.

O pesquisador destaca que "o uso de cigarros eletrônicos envolvendo certos sabores ou veículos solventes pode interromper a condução elétrica do coração e provocar arritmias."

"Esses efeitos podem aumentar o risco de fibrilação atrial ou ventricular e parada cardíaca súbita", complementa.

Foram usados nos testes os principais ingredientes dos líquidos que compõem os cigarros eletrônicos, como propilenoglicol sem nicotina e glicerina vegetal, além de líquidos com sabor contendo nicotina.

No artigo, os pesquisadores descrevem que a frequência cardíaca dos animais diminuiu durante as exposições ao sopro e acelerou, à medida que a variabilidade da frequência cardíaca diminuiu, indicando respostas ao estresse de luta ou fuga.

Outro achado foi de que as inalações de cigarro eletrônico sabor mentol ou com propilenoglicol causaram arritmias ventriculares e outras irregularidades elétricas no coração.

O professor Aruni Bhatnagar, da Divisão de Medicina Ambiental da Universidade de Louisville, pontua que esta é mais uma comprovação do perigo dos cigarros eletrônicos para a saúde.

"Isso é altamente preocupante, dado o rápido crescimento do uso de cigarros eletrônicos, principalmente entre os jovens."

Em julho deste ano, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) manteve a proibição da importação e venda de dispositivos eletrônicos para fumar.

 

Pra ler a matéria na íntegra, clique aqui.


« Voltar