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Senadores questionam Queiroga sobre investimentos federais na saúde Fonte: Agência Senado

08 de Julho de 2022


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Durante audiência pública nesta quarta-feira (6) senadores pediram esclarecimentos do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre os investimentos federais para melhoria dos serviços no Sistema Único de Saúde (SUS). Na Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC), os parlamentares manifestaram preocupação com as cenas frequentes de pacientes sem atendimento, com dificuldades para realizar consultas, exames e cirurgias, além de cobrar atenção especial aos sequelados da covid-19. 

O autor do requerimento para realização da audiência, senador Reguffe (União-DF), defendeu mais investimento da União na atenção primária. Ele criticou a ausência de uma política pública que possa agilizar, em todas as unidades do território nacional, a realização de consultas e exames. 

— Nós temos o tempo inteiro visto cenas deprimentes em hospitais, em UPAs, com pessoas sofrendo dores muito agudas e sem atendimento, nós temos visto pessoas dormindo em chão de hospital, nos corredores dos hospitais e em situações até desumanas e nós temos uma série de problemas que precisam ser colocados. Um deles é que hoje o paciente demora para conseguir uma consulta; quando consegue a consulta, o médico pede um exame, e ele demora para conseguir o exame. Então, precisa conseguir aproximar consultas e exames para isso ser feito no mesmo dia ou próximo — relatou. 

Queiroga, informou que o governo federal aumentou de R$ 17 bilhões para R$ 25 bilhões o orçamento da Secretaria de Atenção Primária com o objetivo de ampliar esse tipo de atendimento. Ele disse ainda que o Ministério da Saúde vem trabalhando na consolidação da rede nacional de dados, com o Conecte SUS, e aposta na formalização do serviço de telesaúde para reduzir em até 80% as filas dos centros especializados. No entanto, ele destacou que a atenção à saúde no país é realizada em caráter tripartite e que é preciso o envolvimento das três esferas de governo para que a gestão e aplicação dos recursos possa chegar à população.

— Quem executa essa política na prática não é o Ministério da Saúde, quem executa é o município; estados e municípios na ponta têm que executar a política pública, e nós temos que cobrar eficiência. Não só a eficiência na assistência, mas também alocação apropriada dos recursos. Não será num virar de chave que isso aqui vai melhorar. Como eu falei, precisamos qualificar os profissionais, precisamos também qualificar mais a nossa enfermagem. Os agentes comunitários de saúde, na minha cabeça aqui, têm um tablet com o qual já vão na casa de cada cidadão e vão pegar todos esses dados —  disse.

Cirurgias represadas 

Ainda em resposta a Reguffe, Queiroga informou que nesses dois últimos anos, em razão da pandemia, o governo destinou cerca de R$ 493 bilhões para a saúde por meio do orçamento de guerra e créditos extraordinários. Segundo ele, a pasta tem atuado no âmbito da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) para buscar a melhor gestão desses recursos pelos estados e municípios no sentido de reduzir as filas para cirurgias eletivas. 

— Nós acompanhamos, alocamos recursos num primeiro momento e vamos acompanhar com os estados e municípios como tem sido o desempenho dessas filas, até porque, durante a pandemia, houve um represamento das cirurgias. Por que o represamento? O sistema de saúde estava em colapso. Não tinha vaga em UTI. Os pacientes estavam internados, intubados nas UPAs. Agora a gente vai ter que correr atrás do prejuízo. Tem uma onda de doenças cardiovasculares, o tratamento na atenção primária também foi diminuído. Lembram-se do início, como era? "Fique em casa. Não vá para a unidade básica de saúde. O resto a gente resolve depois". Então, isso também retardou o atendimento do paciente com câncer, diagnóstico precoce do câncer — argumentou. 

Fonte: Agência Senado

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