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Cuidados odontológicos na UTI podem reduzir risco de morte durante a hospitalização

15 de Fevereiro de 2022



Bibliotea Virtual em Saúde

A cavidade bucal é uma das principais portas de entrada de vírus, bactérias e outros microrganismos no corpo humano. Pesquisadores da Faculdade de Medicina (FMRP) e da Escola de Enfermagem (EERP), ambas da USP em Ribeirão Preto, comprovaram que a adequada higiene bucal associada ao tratamento odontológico de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pode reduzir o risco de morte durante a hospitalização.

De acordo com a pesquisa, a higiene bucal adequada associada ao tratamento odontológico dos pacientes internados reduziu em 21,4% o risco de morte.

O estudo foi realizado em duas UTIs do Hospital das Clínicas da FMRP, sendo uma delas uma UTI geral clínico-cirúrgica, que recebe pacientes com doenças crônicas descompensadas ou em pós-operatório, e outra uma UTI especializada em emergências, que atende pacientes que sofreram poli traumatismo ou infecções graves.

Entre os procedimentos realizados pelos dentistas estão higiene da cavidade bucal dos pacientes, tratamento de doenças periodontais, restaurações provisórias de cárie e extração de dentes sem condições de serem restaurados e que apresentassem risco ao paciente.

Uma pessoa saudável realiza um processo diário de filtragem do ar que inala, porque nosso epitélio (tecido que reveste nossa pele e cavidades) possui cílios e muco que barram ou expelem a entrada de impurezas, bactérias e outros microrganismos. Isso acontece quando tossimos ou espirramos, por exemplo.

Já no paciente em ventilação mecânica, o processo é impedido por causa da presença do tubo orotraqueal. “Se a cavidade bucal possuir uma grande concentração de bactérias, o risco dessas bactérias migrarem para o pulmão, causando pneumonia, é muito grande. E o risco aumenta tanto quanto se prolonga a ventilação mecânica. Por isso a importância de promover a adequada higiene bucal desses pacientes”, explica o professor Fernando Bellissimo Rodrigues, da FMRP e coordenador do estudo.

 

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